Nem o frio que fez em Porto Alegre nesta segunda-feira foi capaz de afastar centenas de fãs do Coldplay da fila para a compra de ingressos do grupo, que se apresenta na Capital em 11 de novembro. O público aglomerou-se desde as primeiras horas do dia à frente da bilheteria, organizada sob a esplanada da Arena do Grêmio, em uma das regiões mais geladas da Capital, às margens do Guaíba. Muitos, inclusive, precisaram inventar uma desculpa no trabalho para poder passar o dia em busca de uma entrada.
Quem achou que chegando no final da manhã teria facilidade para a compra – o horário de abertura estava marcado para as 10h – se enganou. E sofreu. Foi o caso, por exemplo, do agente de viagens Guilherme Schmitz. Desde as 11h na fila, saiu de casa para comprar um par de ingressos para ir ao show com o namorado. Precisou aguentar até as 17h para alcançar o objetivo. A espera, garante, valeu a pena.
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– Nós adoramos viajar e adoramos ir a shows. Já fomos ao da Madonna duas vezes, uma na Tailândia, e vamos também no do U2, em São Paulo – comenta.
Em situação parecida, estavam, Tanise Cristaldo, fonoaudióloga de 27 anos, Alyssa Lopes, estudante de 20 e Anna Paula Carpes, advogada de 24. As três, que não se conheciam, chegaram separadas ao local e acabaram passando a tarde juntas. Foi também juntas que conseguiram seus bilhetes. Alyssa, que estuda Relações Internacionais na UFRGS, deu sorte: mudou-se de Maceió para Porto Alegre há apenas três meses.
Por volta das 17h20min, o pôr do sol já começava a se desenhar, com a fila ainda lotada, quando a organização do evento anunciou que não havia mais ingresso. Rodrigo Seidl, advogado de 30 anos, foi o último a conseguir comprar. Um ingresso para o setor pista, único que restou nos instantes finais. Por muito pouco, não saiu do local de mãos abanando.
A mulher que estava em sua frente na fila pretendia comprar quatro unidades – número máximo por pessoa –, mas, ao ouvir que restavam apenas três, precisou abrir mão de um. O terceiro, portanto, "sobrou" para Seidl, que atravessou apressado os gradis que o separavam dos guichês e pôs fim à leva de ingressos disponibilizados no estádio gremista.
Nem só de histórias de amizade e sorte viveu a fila. As dezenas de pessoas que restaram no local e precisaram ir para casa sem nada reclamaram muito.