Mostrar a raça humana sob a ameaça de seu fim iminente, sobretudo quando a extinção da vida sobre a Terra é encaminhada por uma força alienígena, é um tema recorrente nos filmes de ficção científica desde que o cinema consolidou-se como arte de entretenimento de massa, lá no começo do século passado. Em cartaz nos cinemas, Independence day: O ressurgimento é a mais recente aposta de Hollywood no encanto do público pelo cinema catástrofe advindo do espaço sideral.
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Mas retomar praticamente a mesma história do filme original de 1996, com mais efeitos especiais e menos inspiração dos roteiristas, não teve o mesmo apelo de outrora, pelo menos no chamado mercado doméstico, que inclui Estados Unidos e Canadá. A nova empreitada apocalíptica de Roland Emmerich faturou neste seu primeiro final de semana em exibição US$ 41,6 milhões nas bilheterias – 29,1% do faturamento total no mundo, segundo o Mojo Box Office, portal referencial de análises do mercado cinematográfico. É um número aquém dos US$ 50 milhões projetados por especialistas na indústria de blockbusters. Para efeito de comparação, neste mesmo final de semana, seu segundo em cartaz, a animação da Disney/Pixar Procurando Dory arrecadou US$ 73,2 milhões. As contas de Independence day: O ressurgimento melhoram com a performance internacional, esperança de cobrir o custo de produção estimado em US$ 165 milhões. No Exterior, o filme somou US$ 101,4 milhões, 70,9% do faturamento total de U$ 143 milhões. A predominante avaliação negativa de crítica e público vai exigir reforço no marketing global para a produção dar o lucro esperado.
A despeito do resultado final de Independence day: O ressurgimento, filmes sobre ataques alienígenas à Terra seguirão sendo feitos nos mais diferentes moldes. Há pouco, viu-se uma bizarra ameaça na forma de videogames dos anos 1980, no constrangedor Pixels. No ano que vem, os robôs intergalácticos da franquia Transformers voltarão a medir forças causando grande estrago no planeta, em Transformers: The last knight.
Independentemente de orçamentos milionários e dos efeitos especiais piromaníacos, o filão da ficção científica com foco na invasão extraterrestre ainda tem a seu favor realizadores criativos que volta e meia surpreendem o público. Como o fizeram Rua Cloverfield, 10 (2015), criativo, claustrofóbico e tenso exercício no gênero que custou US$ 15 milhões e arrecadou mais de US$ 100 milhões nos cinemas de todo o mundo.