Presidente da Sociedade Brasileira de Virologia (SBV) e professor da Universidade Feevale, Fernando Spilki comentou nesta segunda-feira (18), em entrevista ao programa Gaúcha+, sobre a vacina de coronavírus que está sendo testada nos Estados Unidos e teria obtido resultados positivos em oito pacientes.
Segundo Spilki, é preciso ter cautela, uma vez que os resultados apresentados ainda são preliminares. O médico também alerta que faltam compilados científicos para atestar a eficácia do experimento.
— Por enquanto, queria alertar a vocês que nos últimos anos, por exemplo, várias vezes se teve notícia de uma vacina contra o HIV, mesmo assim até hoje não temos esse material — exemplifica.
Como a pesquisa ainda está em fase inicial, o antídoto será testado em um grupo maior, de 600 pessoas. Spilki acredita que, em uma perspectiva otimista, podemos ter uma resposta mais concreta no fim deste ano, ou no início de 2021.
Spilki diz que cerca de oito empresas estão trabalhando de forma promissora em busca da vacina contra o coronavírus e que o ideal seria que mais de uma empresa consiga desenvolver para que haja um balanço de mercado.
Sobre iniciativas brasileiras, o médico destacou o Instituto Butantan, Fiocruz e o INCT de Minas Gerais, no entanto, apenas as vacinas do primeiro instituto estão sendo testadas, mas ainda em fase inicial, em animais. Spilki diz que é importante iniciativas nacionais por conta do problema de distribuição que pode acontecer por conta da alta demanda mundial da vacina:
— Precisamos buscar vacina, mas precisamos prevenir enquanto não chegarmos até ela.