A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Porto Alegre determinou que pessoas com sinais de gripe — febre e sintomas respiratórios — recebam atestado para ficar em casa por 14 dias. A medida vale desde o início desta quinta-feira (19) e segue na mesma linha da diretriz recomendada pelo Ministério da Saúde aos municípios com transmissão comunitária de coronavírus — quando não é possível identificar a origem da contaminação de uma pessoa naquela cidade. A capital gaúcha entrou neste grupo nesta quinta.
O afastamento por duas semanas também deverá ser estendido aos familiares que mantêm contato com o paciente.
A SMS divulgou comunicado aos médicos da Rede de Atenção Primária à Saúde de Porto Alegre no qual explica o novo procedimento:
"Fica determinado que todos os contatos domiciliares de paciente com febre + sintomas respiratórios (além do próprio paciente) devem ser orientados incisivamente a manter isolamento domiciliar por 14 dias", informa trecho do texto.
O órgão destaca que a medida também vale para pacientes que não se enquadram nos critérios atuais de caso suspeito.
Na coletiva desta quinta-feira, o Ministério da Saúde também destacou que, em municípios com transmissão comunitária, a orientação é de que apenas serão testados pacientes com sintomas graves de coronavírus. De acordo com as autoridades federais, todo caso com sintoma de gripe será tratado como caso de coronavírus e, por isso, quem senti-los de forma leve deve permanecer em casa por pelo menos 14 dias. Apenas devem procurar hospitais pacientes com sintomas graves, como falta de ar. Veja mais detalhes sobre o que caracteriza um caso grave.
O secretário executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, afirma que pessoas que sentirem sintomas de gripe não devem ir ao trabalho. Devem, segundo ele, ficar em casa e, se possível, ficar com toda a família, isolados. Ele disse, durante coletiva de imprensa, que a medida evita que outros trabalhadores sejam contaminados.
— Vai ser muito pior para o empregador se a pessoa for trabalhar, porque pode contaminar o restante dos funcionários — disse Gabbardo.