A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo confirmou nesta quarta-feira (18) mais duas mortes pelo coronavírus. Os pacientes estavam internados na UTI do Hospital Sancta Maggiore desde 15 de março. O hospital pertence à rede Prevent Senior, uma operadora de saúde para idosos.
Um deles tinha 65 anos e histórico de doenças associadas, o que agravou seu quadro clínico. O outro tinha 80 anos e não registrava histórico de doenças crônicas. O homem que morreu ontem tinha 62 anos, era hipertenso e diabético.
Com a confirmação, o Brasil soma três mortos e 291 infectados. Todos os mortos, até o momento, foram registrados pela empresa.
Pelo menos outros 19 pacientes da Prevent estavam infectados pelo vírus até a manhã desta quarta, 12 dos quais internados em UTI. Ainda segundo a operadora, oito dos seus colaboradores também estão em unidades de terapia intensiva por causa da doença.
Outras 36 pessoas atendidas pela Prevent aguardam exames para confirmação da infecção por coronavírus. Desse total, 14 estão em UTI e 22, acomodadas em apartamentos.
Ao todo, a empresa já realizou 365 testes para a covid-19. Até o fechamento desta reportagem, havia recebido o resultado de 95 exames, dentre os quais 36 foram positivos e 59, negativos.
A Prefeitura de São Paulo decidiu investigar a rede Prevent Senior por não ter avisado que a doença que causou a primeira morte no país havia sido confirmada em um de seus pacientes, como manda a lei.
— Nós vamos abrir uma investigação rígida — diz o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido. — Eles tinham obrigação, como todos os hospitais, de notificar toda e qualquer confirmação de casos de coronavírus. E só procuraram o governo de São Paulo depois da morte — afirma.