O sonho de um empresário levou à construção de uma das maiores tirolesas das Américas em um pequeno município do Rio Grande do Sul. Com 2,5 km de extensão, a tirolesa de Feliz, a 84 km de Porto Alegre, passa por cima das casas da cidade, que tem 13,7 mil habitantes.
A travessia começa no topo de um morro. A descida pode chegar a até 100 km/h. Quem aproveita, tem a sensação de que está flutuando sobre Feliz.
— É uma sensação de liberdade muito boa. É muita velocidade, é muita adrenalina cara — diz Luciano Ribeiro, morador de Feliz que experimentou a tirolesa.
Cadeirante, Luciano foi recebido pelo instrutor, que fez um treinamento especial para atendimento de pessoas com necessidades especiais. A tirolesa conta com uma cadeira adaptada para cadeirantes.
São quase três minutos até o final, passando por cima de uma estrada e diminuindo a velocidade aos poucos. Um sistema de freios garante a parada.
O idealizador da proposta, Henrique Rauber, diz que a construção consumiu 70 toneladas de aço, 50 toneladas de madeira e 660 toneladas de concreto.
— Se faz a topografia, se dimensiona questão de distância. Vai entender que tipo de espessura de cabo, estrutura. É bem complexo — comenta o empresário.
Para garantir a segurança de quem se aventura na travessia, o equipamento foi projetado para suportar um peso de 16 toneladas, oito vezes mais do que a maioria das tirolesas. Os capacetes e as cadeirinhas usadas pelo público têm certificação.