Morreu nesta quinta-feira (11), na África do Sul, Frederik Willem de Klerk, o último presidente branco do país. Aos 85 anos, o Prêmio Nobel da Paz de 1993 morreu em casa, debilitado por um mesotelioma, um câncer que afeta o tecido que reveste os pulmões. Ele deixou a esposa Elita, os filhos Jan e Susan e netos.
"É com grande tristeza que a Fundação FW de Klerk anuncia a morte do ex-presidente FW de Klerk de forma tranquila em sua residência de Fresnaye esta manhã, depois de uma lutar contra o câncer", anunciou a organização FW de Klerk Foundation.
Em 1993, Klerk dividiu o Nobel da Paz com Nelson Mandela por suas participações no fim do apartheid, política de segregação racial que vigorou entre 1948 e 1993 na África do Sul. Durante esse período, a minoria branca dominou a maioria negra. Eleito presidente em 1989, Frederik Willem de Klerk iniciou as mudanças que acabaram com o apartheid no país.
O político governou o país entre 1989 e 1994 e foi o responsável por libertar Nelson Mandela e outros prisioneiros políticos. Frederik Willem de Klerk foi o último presidente branco da África do Sul e também atuou como vice de Mandela entre os anos de 1994 e 1996. Ele tinha a fama de ser conservador quando assumiu o governo pela primeira vez, ao suceder o presidente PW Botha, debilitado por um infarto.
Em 2 de fevereiro de 1990, Klerk anunciou o fim do apartheid na África do Sul.
"Chegou a hora das negociações", declarou na abertura de uma sessão no Parlamento, quando anunciou a libertação incondicional de Nelson Mandela, que estava preso há 27 anos, e o fim da proibição dos partidos anti-apartheid.