Pelo segundo ano consecutivo, Corpus Christi foi celebrado em 2021 em meio às restrições impostas pela pandemia do coronavírus. Mesmo assim e com diversas adaptações, houve procissões religiosas e os tradicionais tapetes feitos com serragem e materiais artesanais, como pó de café, grãos, sementes e tinta.
No Rio Grande do Sul, as celebrações ocorreram em diversos municípios. Em Flores da Cunha, um dos lugares famosos pelos tapetes e que costumava atrair milhares de turistas, o cenário era diferente, mas sem deixar a fé de lado. O objetivo dos organizadores era exatamente esse: manter acesa a religiosidade da comunidade, sem aglomerações e evitando ainda a propagação do coronavírus.
No Estado de São Paulo, algumas cidades optaram pelo feriado, enquanto outras não, segundo o site G1. Na grande São Paulo, os tapetes não foram confeccionados. Em Itapecerica da Serra, por exemplo, a tradicional celebração foi trocada por um drive-thru de doação de alimentos e por missas online e presenciais.
Os municípios do interior paulista também cancelaram ou modificaram as comemorações. Em Matão, na região central, que recebia até 80 mil pessoas em uma das mais tradicionais festividades de Corpus Christi do país, serão feitas missas e lives, com a produção de uma obra por um artista. Já em Bauru, serão celebradas missas, com o tapete montado na igreja. Em Jundiaí, a peça foi substituída por cartazes.
As celebrações religiosas no Rio de Janeiro contaram com uma bênção aos moradores no Cristo Redentor e ainda estão previstas carretas pela cidade e missas.
Em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, a confecção do tapete não ocorreu como de costume pelo segundo ano consecutivo. A montagem foi feita apenas na escadaria da Igreja São José. Em Sabará, na Grande BH, a celebração também foi diferente: os tapetes foram produzidos nas comunidades, com direito a carreata e bênção do padre.
Em Pernambuco, a homenagem também sofreu mudanças, e os tapetes foram confeccionados com fuxicos; em outras cidades do Estado, alimentos que serão doados também fizeram parte da decoração.
Já na Bahia, foi mantida a tradição, e os tapetes foram montados dentro das igrejas. Em Juazeiro, no norte do Estado, os fiéis decoraram o templo. Em outras cidades, como Luís Eduardo Magalhães, o tapete foi impresso e colado ao chão, a fim de evitar aglomerações.