Entre as muitas figuras regionais que habitam o imaginário brasileiro, poucas são tão icônicas quanto a do gaúcho. A imagem mítica do homem de pilcha, laço e espora, pronto a desbravar o pampa e a proteger fronteiras, tornou-se tão representativa que chegou a ganhar versão em bronze, no fim da década de 1950, na célebre estátua do laçador.
Passados quase 60 anos, o retrato imortalizado em metal ainda traduz a devoção da maioria da população às tradições, mas já não consegue mais resumir a diversidade cultural do Rio Grande do Sul do século 21. Um dos mais completos levantamentos já realizados sobre a identidade rio-grandense, a pesquisa “Persona – quem são e o que pensam os gaúchos?” mostra que a população se divide em cinco tipos básicos – batizados como “Fiel”, “Raiz”, “Não Praticante”, “Exportação” e “Desapegado”. Eles se diferenciam pelo grau de simpatia ao nativismo e variam desde quem vive o dia a dia dos CTGs até os que rejeitam a idealização da terra natal e não se identificam com a bombacha e o vestido de prenda.
Para entender como cada perfil se relaciona com as tradições, GaúchaZH perguntou: o que é ser gaúcho? Veja, no vídeo acima, as respostas de cinco moradores do Estado com diferentes ligações com os costumes locais.