Em meio às três Pokéstops mais populares do Parque Moinhos de Vento – perto do monumento e da Rua 24 de Outubro, aquelas onde alguém sempre joga um lure* – surge Dieison Matos, de 25, para alívio dos jogadores de Pokémon Go.
Isso porque o estudante de Engenharia Elétrica traz com ele um sistema adaptado de uma bateria de som automotivo que pode carregar até 20 celulares.
O game de realidade aumentada pode consumir cerca de 30% de bateria por hora – ou até mais, dependendo do aparelho. Por isso, baterias móveis e tomadas viraram essenciais para os caçadores de Pokémon mais dedicados.
– Eu ouvi gente comentando que carrega até mais rápido que na casa delas – diz Dieison.
Com a ajuda do sogro, que é metalúrgico, da namorada, Vanessa Homes, 23 anos, e do cunhado, o estudante de 16 anos Vinicius Homes, Dieison criou ponto móvel para carregar celulares. Nos finais de semana, os três vão aos parques e posicionam o "Poké Charger" em meio aos lugares mais propícios a terem jogadores e esperam pela procura. Eles trazem até cadeiras de praia para o conforto dos clientes. Já o aparelho carregador fica a cargo de cada um.
No primeiro dia do serviço, foram 40 celulares carregados no Parque da Redenção, dando, no total, R$ 180 de faturamento. Para carregar o celular por 30 minutos, são cobrados R$ 3; por uma hora, R$ 5. Na página do Facebook Poké Charger POA, o trio anuncia os locais em que estarão durante o final de semana.
– Não vamos ficar ricos carregando celular, mas queremos ao menos tirar o valor que investimos, que foi cerca de R$ 500 – revela.
Pelo bem dos seus Vaporeons, torça para que eles estejam por perto na próxima caçada.
*"Lure" é o nome para o modo que atrai mais Pokémons para as Pokéstops.