O samba e o Carnaval do Rio Grande do Sul choram a perda de um de seus grandes expoentes. Pedro Lourival Pereira da Fonseca, conhecido como Pedro Diogo, Diogão ou Saldanha, como vinha sendo chamado ultimamente por artistas no Rio de Janeiro, nos últimos 40 anos, com a Banda Saldanha, levou alegria aos quatro cantos de Porto Alegre, ao Interior e ao Rio de Janeiro.
Foi no dia de seu aniversário de 25 anos, em 12 de outubro de 1978, que ele criou a banda burlesca mais tradicional e popular da Capital. Lembro-me de ele ter me contado que um amigo lhe presenteou com um barril de chope. Para comemorar e melhor aproveitar o presente, ele, então, organizou uma saída, ao estilo das muambas de Carnaval, pela Rua Saldanha Marinho.
Desde então, o Dia da Padroeira do Brasil, Nossa Senhora do Brasil, das Crianças, e do aniversário de Pedro Diogo virou também o dia de a banda Saldanha (Marinho deixou de fazer parte do nome em 2005, com a mudança para a Avenida Padre Cacique) sair às ruas. Com o tempo, outras três datas foram incorporadas ao calendário: 1º de Janeiro, terça-feira de Carnaval e 1º de Maio. Em cada desfile, 10 mil, 15 mil, 20 mil pessoas brincavam atrás do caminhão de som.
Com a nata do samba gaúcho e brasileiro
O desfile A Terça-Feira Gorda, por sinal, inicialmente realizado em Porto Alegre, em 2008 começou a ser realizado no bairro Copacabana, no Rio de Janeiro. Até 2017 (ou seja, durante 10 edições), a Saldanha arrastou mais de 10 mil pessoas por um dos bairros mais famosos do país.
No currículo de Pedro Diogo ainda tem centenas de shows, com a nata do samba gaúcho e brasileiro, ensaios-shows, enfim, muitas festas que atraíram grandes públicos à quadra da banda. Pedro Diogo, definitivamente, é um nome ligado ao samba, ao Carnaval, à cultura popular e à alegria.