Você que me lê, já enfrentou um período de depressão? Os sintomas são claros: a pessoa acorda pela manhã e não consegue ver objetivo algum pelo qual deva lutar. O corpo dói e falece qualquer desejo de se comunicar com as pessoas que estão em volta.
A voz sai quase sumida e incomoda uma indefinida falta de ânimo. Faltam forças até para reagir contra o que desagrada ou animar-se com o que deveria trazer bem estar. Uma pessoa deprimida é menos do que um pé de couve.
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Chuva ou sol, calor ou frio, tudo é indiferente. Nada parece ser bom o suficiente para justificar qualquer esforço. A depressão é irmã gêmea da derrota.
O Inter está deprimido. Vencer sumiu das suas perspectivas. Já entra em campo derrotado. Os jogadores carecem de motivação. Quem, no Beira-Rio, se habilita a erguer a voz?
Causas
Um grupo de jogadores funciona de acordo com a confiança que depositam nos seus líderes. Sem esta fé, esmorece a força indispensável para cumprir as tarefas determinadas. Alguns fatos conspiram contra os líderes de vestiário, no Beira-Rio.
Roberto Melo, o dirigente que comanda o futebol é autor desta frase: "Eu não escalo". Saiu da boca do treinador Guto Ferreira a afirmação segundo a qual Nico López e Brenner não são competitivos.
O dirigente e o treinador não podiam ter sido mais eficazes para balançar as posições de líderes que devem ostentar. Não são apenas duas frases, tem a cara de indícios. Devem preocupar o presidente Marcelo Medeiros e até movê-lo a interferir no departamento de futebol.
Nova chance
O Inter decidiu buscar Cláudio Winck do time que disputa a terceira divisão do futebol gaúcho. Winck já desperdiçou várias oportunidades em função de frequentes lesões.
Ultimamente, o lateral-direito não tem frequentado o departamento médico do Inter. Merece receber nova chance desde que não sejam implacáveis com o tempo. Cláudio Winck precisa de tempo e jogos para se afirmar.
O armador
Guto Ferreira deve parar de improvisar jogadores fora das suas posições. Uendel, por exemplo, é lateral-esquerdo e não volante. E atacantes são atacantes e não armadores.
Uma boa medida seria esquecer o esquema tático que prevê uma linha de três armadores. Nestes momentos, simplificar pode ser bom caminho.
Dois volantes, dois meias e dois atacantes, seria fácil armar assim o time do Inter. Antes que o esquema acabe com todos os atacantes colorados.
Juan
É difícil entender por que Guto Ferreira não explica as razões pelas quais não escala o garoto Juan.
Sobrepeso
Quando a situação piora, até o diâmetro da cintura do treinador é requisitado como causa para os problemas do time.
*ZHESPORTES