A jornalista Juliana Bublitz colabora com o colunista Tulio Milman, titular deste espaço
Desde que a pandemia deu as caras, eles são cada vez mais comuns nas ruas de Porto Alegre: os dog walkers ou, em bom português, passeadores de cachorros — aliás, quem conhece Buenos Aires, na Argentina, deve lembrar da profusão deles na capital portenha, rodeados, muitas vezes, por dezenas de perros.
Resumindo, são profissionais procurados por quem quer garantir que seus bichinhos se exercitem — em geral, moradores de apartamentos e pessoas cujas tarefas diárias impedem a atividade.
O adestrador Nicolas Dip Pereira, 21 anos, leva matilhas para caminhar diariamente há três anos pelos bairros Moinhos de Vento, Mont Serrat, Bela Vista e Auxiliadora, mas viu a procura aumentar de 2020 para cá, com a chegada da covid-19.
— Cada vez mais gente adota cachorros e precisa de apoio. No meu caso, não é só uma caminhada. São passeios educacionais. Ajudo a resolver problemas de ansiedade e de agressividade — conta Pereira.
O tempo e o preço do serviço dependem de cada passeador e do tipo e porte do animal. Em geral, a movimentação dura de 40 minutos a uma hora e custa entre R$ 20 e R$ 60, mas pode variar mais, conforme a qualificação do dog walker.