Prepare-se para a mais acirrada disputa olímpica: arremesso de golpe. Duas potências estão pré-qualificadas para a final. De um lado, ressentidos, os dilmistas. De outro, deslumbrados pela perspectiva de poder, os temeristas.
A regra é simples e estranha. O PT ganha se arremessar a tese do golpe para dentro do foco da imprensa estrangeira. O PMDB vence se arremessá-la para bem longe das câmeras e dos microfones.
O Comitê Olímpico Internacional preconiza a separação absoluta entre esporte e política. Na prática, é impossível.
Tive a oportunidade de morar na vila olímpica de Barcelona. A geopolítica das delegações obedece à mesma lógica dos conflitos e alianças que desenham o mapa do planeta. Países africanos ficam perto dos africanos. O edifício dos americanos é cercado por aliados. Os atletas israelenses dormem bem longe dos iranianos. Agora ficou mais fácil acomodar Cuba, isso é verdade.
Cerca de 25 mil credenciais de imprensa estão sendo distribuídas para a cobertura dos jogos no Rio de Janeiro. Mais de uma centena de países enviará repórteres, fotógrafos e cinegrafistas para o Brasil.
Os olhos do mundo estarão sobre nós.
A esta altura, enquanto a tocha se despede do Rio Grande, estratégias de arremesso de golpe estão sendo armadas. Eventos, manifestações, tentativas sutis e nem tão sutis de chamar atenção. Foi golpe. Não foi golpe.
Cobrir uma Olimpíada é divertido e trabalhoso. São 20 dias de generosos espaços de tevê, jornal, internet e rádio. E depois ainda tem as Paraolimpíadas. Ingenuidade pensar que a crise brasileira não merecerá um olhar atento. Tudo temperado pela má vontade de setores da mídia gringa com a nossa desorganização olímpica.
A ferida aberta do impeachment talvez não apareça diretamente nos estádios, piscinas, pistas e ginásios do Rio. Faixas e cartazes são proibidos.
A tevê tem instruções claras: não mostrar. Mas sempre há os eventos paralelos, fora do perímetro olímpico. Com a vantagem, diferentemente na Copa, de estar tudo concentrado em uma mesma cidade.
O arremesso de golpe promete grandes emoções. E tem um favorito. Até agora, o PT vem ganhando de goleada a disputa pela opinião pública externa. Minha torcida é para que, nessa peleia tupiniquim, o maior derrotado não seja o Brasil.
Nossa imagem lá fora já não merece sequer uma medalha de latão.
Sorria, você está conectado
O especialista em análise de negócios Ricardo Cappra apontou alguns dados curiosos sobre o humor nas redes sociais, durante sua participação na Febravar 2016, com a conferência "Marketing hacking: hackeando o marketing através da ciência". A pesquisa revelou como os usuários compartilham seus momentos felizes com seus contatos
Procura-se
De acordo com o jornal El País, após ter desaparecido do Uruguai, onde havia recebido refúgio, o ex-prisioneiro de Guantánamo Jihad Dyab estaria na Venezuela, de onde planejaria voltar ao Oriente Médio.Dayb tem ligações com a Al Qaeda. Temia-se que estivesse no Brasil.