O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
O modelo de distanciamento controlado que vigora desde 11 de maio no Rio Grande do Sul foi apresentado nesta quinta-feira (28) pelo governador Eduardo Leite a empresários e diretores de multinacionais que integram o Council for the Americas, uma das principais organizações empresariais do mundo.
Fundado em 1963 nos Estados Unidos, o conselho reúne grandes empresas internacionais dos setores financeiro, de consultorias, energia, mineração, tecnologia e transporte e atua em todo o continente americano difundindo ideias liberais. Entre os integrantes, estão Microsoft, Uber, JP Morgan, Master Card, IBM e Facebook.
A videoconferência foi mediada pela CEO da organização, Susan Segal. De acordo com o governo do Estado, o objetivo da reunião foi mostrar a companhias interessadas em investir no Rio Grande do Sul o planejamento do governo no enfrentamento ao coronavírus e as perspectivas para a retomada econômica.
— Nós temos uma estratégia baseada no diálogo com os diferentes setores para poder melhor gerenciar a prioridade à vida, tomando todos os cuidados com a saúde das pessoas, com a retomada das atividades econômicas no nosso território. Não é uma flexibilização, não estamos fazendo uma abertura desordenada, nós não vamos voltar ao normal. Se trata de permitir o funcionamento das atividades econômicas conforme o risco de contágio que cada uma apresenta e de manter um monitoramento constante para gerenciar um controle maior ou menor — afirmou Leite aos interlocutores.
Após a apresentação, em inglês, o governador respondeu a perguntas dos participantes a respeito do modelo e da relação com os municípios. Leite também foi questionado sobre a relação com outros Estados e com o governo federal, além das perspectivas para novos investimentos no Rio Grande do Sul.
No ano passado, Leite se reuniu com integrantes do conselho em Nova York. Na ocasião, mencionou projetos de privatizações e concessões do governo, descreveu as potencialidades do Estado em setores como agricultura, indústria e inovação e ressaltou que o Rio Grande do Sul está aberto aos investidores.