EM EXERCÍCIO - Diante de uma plateia formada por familiares, companheiros de partido e amigos, a presidente da Assembleia, Silvana Covatti (PP), tomou posse nesta quinta-feira como governadora em exercício. A interinidade se encerra na segunda-feira. Não havia a necessidade da transmissão do cargo, já que Sartori não foi para o Exterior (está descansando com a família em Santa Catarina), mas o vice, José Paulo Cairoli, ressaltou que o gesto é uma tradição, uma cortesia:
– Esta iniciativa é uma forma de reforçar as relações com os poderes, uma parceria importante para o funcionamento do Estado.
EM FAMÍLIA - Silvana agradeceu a oportunidade e emocionou-se ao mencionar os filhos e o marido, Vilson Covatti, que teve a mesma experiência em 2003, no governo Rigotto. Em seu discurso, a deputada disse que o ano foi “desafiador” e lembrou da condução da votação do pacote na Assembleia. Como governadora, Silvana terá duas agendas importantes: no domingo, vai representar o Estado na abertura oficial da Couromoda, em São Paulo, e na segunda-feira assina convênio da Corsan com municípios gaúchos.
EQUILÍBRIO - O próximo presidente da Assembleia, Edegar Pretto (PT), prestigiou a colega na primeira fila. Era o único deputado da oposição no Palácio. Pretto, o retrato da moderação, foi questionado sobre como será sua atuação. Respondeu que vai atuar conforme orientação do Partido dos Trabalhadores, mas já avisou aos adversários do governo para não esperarem dele nenhuma irresponsabilidade. Perguntado se o alerta se refere à forma como tratará eventuais pedidos de impeachment do governador José Ivo Sartori, admitiu:
– Tem a ver com isso também.
CORRUPÇÃO POR PRESÍDIO - Presidente da Comissão de Segurança da Assembleia, o deputado Ronaldo Santini (PTB) sugeriu ao governo do Estado tentar buscar dinheiro dos acordos de leniência de empresas condenadas pela Justiça para a construção de presídios no RS. Na Lava-Jato, só a Odebrecht pagará multa de R$ 3,7 bilhões pelas práticas ilícitas em todo o Brasil. A Braskem assinou acordo e devolverá mais R$ 3,1 bilhões. O secretário da Segurança, Cezar Schirmer, disse que ainda tem de estudar a viabilidade da proposta, mas reconheceu que é uma boa ideia.
VEREADOR VOLUNTÁRIO - Nos próximos quatro anos, o vereador de São Leopoldo Arthur Schmidt (PMDB) abrirá mão do salário de R$ 8.122,68 a que tem direito. Servidor da Caixa Econômica Federal, Arthur vai continuar trabalhando como bancário durante o mandato, já que as sessões no Legislativo ocorrem a partir das 18h. O dinheiro retornará à prefeitura e será destinado para o custeio de atividades pedagógicas nas escolas.