SÓ PRA FOLHA - Neste mês, o governo do Estado terá apenas uma semana para juntar dinheiro e iniciar o pagamento da folha de outubro. A arrecadação durante esses sete dias servirá também para o repasse da saúde, do transporte escolar e para o custeio da máquina. Sobrará muito pouco para os salários, no dia 31.
AOS BANCOS - O governo terminou de pagar os vencimentos de setembro na sexta-feira e, nesta quarta, depositou R$ 100 milhões referentes às consignações bancárias debitadas do contracheque dos servidores. Segunda-feira, vai destinar cerca de R$ 35 milhões dos consignados para os sindicatos.
NEM SACAR - Não esperado pelo Piratini, um saque na conta dos depósitos judiciais de R$ 52 milhões nesta quarta-feira arruinou a chance de usar o dinheiro para pagar as contas. Por mês, a Fazenda retira entre R$ 50 milhões e R$ 80 milhões do fundo gerenciado pelo Judiciário.
MANOBRA - Momentos depois de Eduardo Cunha ter sido preso, o deputado gaúcho Mauro Pereira (PMDB), aliado do ex-presidente da Câmara, pediu vista de projeto que reajusta salários da Polícia Federal.
NÃO É NADA DISSO - Na PF, a sensação é de retaliação. Mauro, no entanto, diz que o pedido não tem relação com a prisão do amigo. O deputado explicou que precisa de um tempo para analisar com o governo o mesmo reajuste da PF a outros setores.
MOMENTO DE TENSÃO - Em clima de constrangimento recíproco, os candidatos Sebastião Melo (E) e Nelson Marchezan (D) tiveram nesta quarta-feira o primeiro encontro depois da tensão dos últimos dias. Foi na reunião-almoço da Federasul e da Associação Comercial de Porto Alegre. Na chegada, os dois trocaram um breve aperto de mãos. No almoço, fizeram uma apresentação contida, respondendo às perguntas dos organizadores, sem entrar em debate.
A PAUTA - Melo mencionou a morte de Plínio Zalewski, coordenador do seu plano de governo. Marchezan também lamentou a morte de Zalewski, citou os tiros disparados contra seu comitê e voltou a pedir paz na campanha. No final do painel, os dois dividiram o palco para conversar com os jornalistas e adotaram um discurso mais incisivo. Marchezan reclamou de reportagens sobre a morte de Zalewski, por citarem o assédio de militantes do Movimento Brasil Livre (MBL), que teriam agravado o quadro de depressão. Melo declarou que “paz não se pede, mas se coloca em prática” e ressaltou que Zalewski vinha sendo “imolado” por ameaças.
NA PROPAGANDA - À noite, no programa de TV, Melo fez um pronunciamento de três minutos dirigindo-se a Marchezan em tom mais duro e cobrou explicações sobre a relação do adversário com o MBL. No seu espaço, Marchezan não mencionou episódios de violência.