Minha primeira lembrança de associação entre a Feira do Livro e os jacarandás da Praça da Alfândega é do tempo em que estudava na PUC e queria ser Ivette Brandalise quando crescesse. Ivette era nosso equivalente de Rubem Braga, o cronista do Rio a quem lia com devoção. Ivette escrevia lindamente sobre o cotidiano (com ela aprendi a amar os guapuruvus) e fazia crônicas no rádio, com voz rouca e inconfundível. Eu achava que era francesa ou que Ivette Brandalise era pseudônimo. Alguém deve ter falado antes de livros à sombra dos jacarandás, mas para mim foi Ivette quem criou a imagem mais cara do fim de outubro em Porto Alegre.
Feira do Livro
Livros à sombra dos jacarandás em flor
Colunista escreve sobre sua relação com a literatura