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Com a definição do PP, prevista para o início da noite de hoje, estará praticamente fechado o quadro de candidaturas e alianças em Porto Alegre. Até o momento, são oito os pretendentes, em ordem alfabética: Fábio Ostermann (PSL), João Carlos Rodrigues (PMN), Luciana Genro (PSOL), Marcelo Chiodo (PV), Maurício Dziedricki (PTB), Nelson Marchezan (PSDB), Raul Pont (PT) e Sebastião Melo (PMDB). No dia 5 de agosto o PSTU definirá se lança Júlio Flores ou se apoia Luciana Genro.
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O PP está dividido entre o apoio a Marchezan e a adesão à aliança de Melo, que já tem 14 partidos confirmados. Na tentativa de obter o apoio do PP, considerado estratégico, Melo adiou a escolha do vice. Na sexta-feira, Vieira Cunha anunciou a desistência em concorrer a prefeito, o PDT anunciou o apoio a Melo e informou que indicaria o vice nesta semana.
– Queremos que o PP participe da aliança e da definição do vice. Até a decisão deles, a discussão sobre nomes está congelada – disse Melo ontem à tarde..
Em outra frente, os presidentes de 13 dos partidos aliados a Melo entregaram ao vereador Kevin Krieger carta endereçada "aos amigos, amigas, dirigentes e lideranças do Partido Progressista". No documento, apelam para que o PP se incorpore ao bloco, lembrando que o partido integra o governo de José Fortunati e é parceiro desde o início do projeto que começou em 2004, com José Fogaça.
A carta cita as principais ações que tiveram o PP como protagonista e reafirma que "a questão da vice-prefeitura será discutida entre todos que fazem parte dessa aliança eleitoral".
Como um dos atrativos da aliança com Marchezan é a eleição para a Câmara de Vereadores, que favorece os candidatos do PP, os aliados de Melo oferecem ao partido a possibilidade de escolher o bloco que considerar mais conveniente, entre os cinco que estão se formando para a disputar a eleição proporcional.
"Estarmos juntos não é apenas mais uma etapa na corrida eleitoral. Trata-se da afirmação de valores comuns de quem fundou coletivamente um projeto, produziu frutos e está sabendo colhê-los", concluem.
Inicialmente, o PP pretendia simplesmente colocar em votação as duas opções, mas os defensores da aliança com o vice-prefeito querem que seja aberto espaço para discursos em defesa das duas candidaturas.
Os tucanos tentam convencer o PP a apoiar Marchezan argumentando que, nessa aliança, o partido não será "apenas mais um" e "terá protagonismo na chapa, na campanha e no governo", se ele for eleito. Se o PP optar por Melo, a candidatura de Marchezan fica inviabilizada, porque o PSDB é frágil em Porto Alegre e sofreu várias defecções de 2012 para cá, por conta das divergências internas.