Todos os anos, o mundo, como se fosse um condomínio de países, se reúne para discutir as mudanças climáticas, um tema que bate à nossa porta. No caso do Rio Grande do Sul, que sofreu, em maio, sua maior tragédia ambiental, esse é um assunto urgente.
Há décadas, sabemos que o aquecimento global aprofunda os efeitos de eventos extremos, como a elevação do nível dos mares, períodos de seca mais prolongados ou tempestades devastadoras, entre outros fenômenos. Mas nunca um evento climático havia atingido o Estado com tamanha intensidade.
Na distante Baku, capital do Azerbaijão, uma ex-república soviética, o Rio Grande do Sul será protagonista da Conferência das Nações Unidas sobre as mudanças climáticas (COP29). O evento começa nesta segunda-feira, dia 11, e vai até o dia 22. A comunidade internacional vai olhar com lupa a tragédia gaúcha não apenas como sintoma de um planeta em transe, mas principalmente como sinal da necessidade de medidas de adaptação emergenciais que nós, cidadãos, devemos assumir para que a vida no planeta Terra continue existindo.
No vídeo, veja o que esperar do encontro no Azerbaijão
Há temas macro, como quem pagará o preço da transição para uma matriz energética mais sustentável, quais compromissos o Brasil irá assumir enquanto potência em cujo território está a Floresta Amazônica e outros biomas que, em 2024, padeceram sob chamas. Também a opinião pública irá se debruçar sobre os acordos que o governo brasileiro irá assumir. Sobretudo, iniciativas empresariais e da sociedade civil irão dominar os debates.
Mais ainda, a COP29 será a antessala da conferência de Belém, no Pará, que ocorrerá no final de 2025. Como nunca, desde a Rio92, o Brasil estará tão à frente nos debates sobre ambiente e sustentabilidade como agora.