Tropas especiais e paraquedistas brasileiros e argentinos realizaram nas últimas 48 horas saltos em conjunto como parte da Operação Arandu, que reúne cerca de 2,2 mil homens e mulheres dos exércitos dos dois países no Rio Grande do Sul.
Maior exercício conjunto internacional em 2020 envolvendo a força terrestre, a manobra conta com deslocamento de blindados, tiros reais e o emprego do sistema Astros, com grande capacidade de dissuasão e que recentemente participou da Operação Amazônia, na fronteira com a Venezuela. O equipamento lança-foguetes tem como sede o 16º Grupo de Mísseis e Foguetes (16º GMF), em Formosa, Goiás, e foi deslocado por terra até Rosário do Sul. São mais de 2,3 mil quilômetros, em uma amistra da mobilidade terrestre do Exército.
Pelo menos 140 militares argentinos, que ingressaram no Rio Grande do Sul por Uruguaiana, no final de semana, integram o exercício, ciclo final de um planejamento de três anos que envolveu outras operações (Hermandad, Yaguareté e Saci/Duende).
Na região de Santa Maria, foi realizado a adaptação de técnicas e materiais, exercitando infiltração das operações especiais, com salto livre operacional.
- Esse salto serve tanto como adaptação quanto ensaio para que mais a frente no exercício possamos atingir o nível de integração máxima com elementos de operações especiais de ambos os países realizando o salto para fazer a infiltração noturna - explica o major Ricardo Sartori Português de Souza, da companhia de precursores paraquedista.
Também foi realizado o ensaio do salto gancho, utilizado para lançar tropas em grandes quantidades em áreas mais abertas. As operações se estendem ao campo de instrução Barão de São Borja (Saicã), em Rosário do Sul. A operação vai até 20 de novembro.