Cerca de 70% das granjas produtoras de ovos no Rio Grande do Sul precisarão fazer alterações nas instalações para se adequarem às mudanças no sistema de inspeção determinadas pelo Ministério da Agricultura. Com a reformulação do Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa), em março deste ano, a modalidade de inspeção usada por 65 estabelecimentos no Estado será extinta. Com isso, as granjas terão até o dia 27 de novembro para migrar para os serviços estadual ou federal (SIF).
– O problema é que o prazo é curto, muitos produtores não têm condições de fazer as mudanças até novembro – alerta Eduardo Santos, diretor-executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav).
Em audiência na Secretaria da Agricultura nesta quinta-feira (27), a entidade irá expor a preocupação.
O setor entende que são necessários no mínimo dois anos para que a migração ocorra de maneira efetiva. O pedido oficial de prorrogação do prazo deverá ser formalizado nos próximos dias.
– As mudanças são necessárias, mas não podem ser feitas da noite para o dia, sob pena de deixar estabelecimentos sem inspeção, comprometendo os cuidados necessários – diz Santos.
A produção gaúcha é ao redor de 3 bilhões de ovos por ano – cerca de 8% do volume brasileiro.