
O jornalista Rafael Vigna colabora com a colunista Marta Sfredo, titular deste espaço.
Líder mundial em química do asfalto, a multinacional americana Ingevity quer que as emissões e o calor, típicos de obras de asfaltamento no Brasil, virem cenas do passado – começando por Porto Alegre. A partir da capital gaúcha, a empresa está introduzindo no Brasil um produto que viabiliza a aplicação do chamado ‘asfalto morno’, sucesso em várias partes do mundo há mais de uma década. A temperatura mais baixa exige menos energia, reduz emissões, melhora as condições para as equipes de trabalho e muitas vezes reduz o custo da operação.
Porto Alegre é a primeira capital brasileira a adotar o Evotherm, produto da Ingevity que é o mais vendido no mundo para a produção do asfalto morno. Nos Estados Unidos e na Europa a tecnologia já responde por quase metade de todo o asfalto produzido, enquanto no Brasil esse percentual não passa dos 2%.
- E uma tecnologia que entrega ganhos substanciais em várias frentes. A partir do pioneirismo de Porto Alegre, entendemos que o potencial para crescer em todo o Brasil é significativo,” afirma o gerente de negócios da Ingevity, Hernando Macedo Faria. A empresa opera fábricas nos Estados Unidos e na China e está presente em 25 localidades pelo mundo, entre elas o Brasil, com escritórios em Campinas (SP).
A empresa
A Ingevity fornece produtos e tecnologias que incluem especialidades químicas e polímeros de engenharia, além de materiais de carvão ativado de alto desempenho. Os produtos são usados em uma variedade de aplicações, incluindo pavimentação de vias, exploração e produção de petróleo, agroquímicos, adesivos, lubrificantes, tintas, revestimentos, elastômeros, bioplásticos e componentes automotivos que reduzem as emissões de vapor de gasolina.
No segundo trimestre de 2021, a Ingevity registrou vendas liquidas globais de US$ 358,4 milhões, aumento de 32,4% sobre o mesmo período no ano anterior. A empresa opera fabricas nos Estados Unidos e na China e esta presente em 25 localidades ao redor do mundo, entre as quais o Brasil, com escritórios em Campinas (SP).
Diferenciais
Para se obter os reais ganhos como aumento da durabilidade, economia e redução do impacto ambiental deve-se obrigatoriamente trabalhar com o real conceito das Misturas Mornas, onde se trabalha com temperaturas abaixo dos 135°C durante a usinagem da mistura. Normalmente, as misturas a quente conhecidas como CBUQ (concreto betuminoso usinado a quente) trabalham com temperaturas de produção acima dos 165°C. Uma redução de 40°C na produção possibilita aumento de durabilidade em torno de 20% e uma redução de 35% no consumo de combustível na usina.
As temperaturas mais baixas durante a produção e aplicação das misturas mornas aumentam a durabilidade do pavimento devido a menor oxidação do ligante asfáltico, mantendo sua capacidade flexível por um período maior de tempo. Com a redução no consumo de combustível na usina, deixa-se de emitir ao menos 15% de gases causadores do efeito estufa, o CO2. O impacto positivo é ainda superior na redução de poluentes nocivos como os VOCs, ou compostos orgânicos voláteis. A redução da temperatura para produzir a mistura, dos 165°C para 125°C, reduz em até 85% a emissão dos VOCs, ajudando o meio-ambiente e protegendo os trabalhadores envolvidos no serviço de pavimentação.