Depois que as projeções das entidades empresariais do Estado só pioravam – pior recessão desde 1930, mais grave desde 1901, maior da história –, o Sebrae-RS ofereceu um refresco nesta quinta-feira. Mostrou pesquisa feita entre 12 e 24 de novembro com 800 pequenas empresas do Estado.
Para 19% dos entrevistados, é possível até que o país cresça em 2016. Quanto ao próprio negócio, a maioria é otimista: 83% apostam em estabilidade ou crescimento dos negócios. Só 17% projetam retração – percentual que dobra em relação ao país (veja o gráfico abaixo).
Para transformar fé em resistência, o Sebrae-RS fez uma cartilha com dicas para atravessar a crise. Presidente do conselho do Sebrae-RS, Carlos Sperotto disse que já está praticando algumas lições: confirmou corte de 18% no orçamento da entidade para 2016, de R$ 203,5 milhões para R$ 167,5 milhões.
Mas o diretor-superintendente, Derly Fialho, assegura que não há cortes de pessoal no Interior. Existem postos vagos por circunstâncias, mas serão repostos assim que possível. A entidade aposta nos serviços de orientação online e à distância para dar conta do aumento de demanda previsto para o próximo ano, decorrente dos empreendedores da crise – os que optarem por abrir negócios para fugir do desemprego.