O episódio desta terça-feira (25) do podcast "Descomplica, Kelly" recebe a multiartista gaúcha Valéria Barcellos, autora de Transradioativa. A conversa parte do caso de Linn da Quebrada, que a despeito de ter o pronome "ela" tatuado na testa, foi chamada reiteradas vezes pelo pronome masculino pelos colegas de confinamento do reality show Big Brother Brasil, da TV Globo. O assunto repercutiu nas redes sociais.
No último domingo, o apresentador Tadeu Schmidt precisou trazer o tema à tona durante conversa com os participantes. Após ser questionada por Tadeu, Linn revelou o motivo por trás da tatuagem.
— Eu fiz essa tatuagem por causa da minha mãe. No começo da transição, ela me tratava pelo pronome masculino — explicou.
E completou dizendo que a "dica" se estendia às demais pessoas:
— Ficou na dúvida? Lê, daí vocês lembram — explicou.
No podcast, Valéria Barcellos, que é amiga de Linn e está na torcida por ela no BBB, contou que inúmeras vezes passou por situações como essa. Ela descreveu a dor que é ser chamada por algo que não diz respeito à sua identidade:
— (Quando você é chamada de ele) traz uma história de dor, de sofrimento, de negação da própria existência. Isso é muito dolorido. Cada vez que tu tu está dizendo "ele" e não "ela", tu estás me dizendo que não me reconhece enquanto pessoa. Se você me chama de Valéria "ele", está dizendo pra mim, na minha cara, que minha existência não é importante pra ti. Imagine como é viver e ter que mostrar isso todos os dias — desabafou.
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