Os dias de defesa fervorosa do ex-presidente Michel Temer ficaram pra trás. Carlos Marun, ex-ministro que chegou a ser chamado de "pitbull" do emedebista, tem aproveitado a tranquilidade de quem não ocupa mais um gabinete do Palácio do Planalto. Neste fim de semana, embarcou no cruzeiro "Emoções", do rei Roberto Carlos. Neste ano, a edição é especial: o tradicional espetáculo em alto-mar completa 15 anos.
Marun posou ao lado do empresário do cantor, Dody Sirena, e de outros convidados especiais, como o humorista Tom Cavalcanti. A foto foi postada no perfil de Dody, mas alguns amigos não perdoaram: "Caramba, Dody, postar foto com Marum? Aí você queima sua reputação", questionou um seguidor.
Marun é gaúcho, natural de Porto Alegre, mas construiu carreira política no Mato Grosso do Sul, elegendo-se deputado federal por aquele Estado. No Congresso, foi um dos integrantes da tropa de choque do ex-presidente Temer (especialmente após as denúncias a partir da delação da JBS) e, pela atuação, acabou ganhando uma vaga na Esplanada, como ministro responsável pela articulação política.
Marun também ganhou holofotes por se posicionar como ferrenho defensor do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, preso na Operação Lava-Jato. Marun chegou a visitá-lo na prisão, em Curitiba.
Conselheiro de Itaipu
No final do passado, o ex-ministro voltou às manchetes por ganhar uma espécie de "presente" do agora ex-presidente Temer. Sem mandato, já que não disputou as eleições em 2018, Marum foi nomeado para exercer função no Conselho de Itaipu Binacional. À época, a nomeação foi criticada pelo atual vice-presidente da República, Hamilton Mourão.
O general afirmou que o ato foi um prêmio e não foi "ético". Ele ainda sugeriu que o presidente Jair Bolsonaro deveria rever a nomeação, o que acabou não acontecendo.