A Polícia Federal agiu com rapidez e eficácia após o incêndio de dois helicópteros usados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para fiscalizar desmatamentos na Amazônia. As aeronaves foram incendiadas em 24 de janeiro e uma semana depois, seis envolvidos foram presos.
Um, motorista de um veículo que levou os incendiários até o aeroclube de Manaus onde estavam os helicópteros, foi preso em flagrante no mesmo dia do incêndio. Os demais tiveram prisão temporária decretada. Como a PF chegou neles? Pela análise de 681 arquivos de vídeo, colhidos por quatro câmeras de segurança. Localizado o veículo que levou os criminosos, o dono do automóvel foi preso e delatou os companheiros de empreitada.
Foi sem nenhuma surpresa que surgiu o nome do mandante, que também foi preso. Conforme depoimentos dos cinco outros envolvidos, o crime foi encomendado por um milionário que teve dois helicópteros incendiados pelo Ibama, em ações contra o garimpo ilegal. Ele é investigado por extrair minério ilegalmente de dentro das reservas indígenas Yanomami, em Roraima.
Com o milionário foram apreendidos diversos veículos, alguns dos quais avaliados em mais de R$ 400 mil. Ele também teve indisponibilizada uma mansão avaliada em R$ 2,1 milhões.
Fala-se muito que a Justiça tarda, mas não falha. Pelo visto, neste caso, a PF nem tardou e nem falhou.