A satisfação do anúncio de que a Expointer sairá na data prevista, 24 de agosto a 1º de setembro, vem acompanhada do desafio de deixar o palco da exposição pronto a tempo. O parque Assis Brasil, em Esteio, ficou debaixo d'água por conta da chuva intensa registrada em maio. Pisos em pavilhões, elétrica, hidráulica e calhas estão entre as principais obras a serem executadas, em um custo estimado pelo Estado em R$ 6 milhões. Secretário interino de Agricultura do RS, Márcio Madalena falou sobre os próximos passos no processo de reconstrução do espaço. Confira trechos da entrevista ao Campo e Lavoura da Rádio Gaúcha.
Quais os problemas detectados no parque e o processo para iniciar as obras necessárias?
É importante lembrar que já estávamos construindo a Expointer, questões relacionadas à manutenção e aos processos licitatórios estavam em andamento quando houve o evento climático. O que tivemos de avarias? Os pisos dos pavilhões de gado de leite, de corte, o internacional e o do comércio necessitarão uma reforma, uma restauração. Não era um piso novo e, por ter ficado submerso por vários dias, praticamente esfarelou. Tem muito buraco aberto, rachaduras, situações em que estão praticamente virado em areia. As ruas de trânsito dentro do parque foram muito afetadas. Importante dizer que havia algumas aberturas para a manutenção da rede de água, quando veio a chuva. E ficou muito tempo submerso, tivemos muito estrago nessa parte que estava sendo reformada.
O parque ficou praticamente todo alagado. Que altura as águas alcançaram?
Como o parque não é retilíneo, tem várias situações. Na sede administrativa, ao lado do pavilhão do gado de leite, tivemos pouco mais de um metro de água. Assim como a nossa sede foi afetada, a de muitas entidades também. Em algumas regiões, mais abaixo, a água certamente passou desse um metro e meio. Mas lá no estacionamento não tem prédio, não tem estrutura, quando a água baixou não teve praticamente nenhuma avaria. Tivemos problema de elétrica, vamos fazer uma restauração, uma revisão em todo o parque.
Para a reparação sair a tempo da feira, quais as próximas etapas?
Nos reunimos na última quinta-feira para fazer a calendarização disso. A Expointer tem um fator temporal muito específico e, nesse caso, tivemos de fazer algumas contas de trás para frente, do dia da feira até hoje, para ver como vencer as etapas. Serão duas frentes: uma para a realização da feira, que já estava andando, e outra que é com recurso de reconstrução. Essa sim, terá algumas flexibilizações, por óbvio, com tomadas de preço, tudo que a legislação exige minimamente. O nosso objetivo é concluir essa etapa de levantamento, de tomada de preços e esse processo mais burocrático nesta semana. O referente à bilheteria, à estrutura de contratação de banheiros e demais serviços corre separado. E só para lembrar: a Expointer começa dia 24 de agosto, só que precisamos entregar os pavilhões quase que 30 dias antes, porque tem o fator da montagem dos expositores. Então, estamos trabalhando com esse prazo. Em torno do começo de agosto, nossa ideia é poder estar com o parque em pé.
Como ficaram as instalações para peões e a estrutura para admissão de animais?
Essas áreas estão no nosso levantamento também. O local onde entram os animais ficou totalmente inundado, mas não teve grandes avarias nos desembarcadores. Na sede do escritório onde funciona a inspetoria do município de Esteio, onde é a feita a admissão perdeu-se móveis e o piso todo foi danificado. Passará por reforma.
E como ficam os acessos ao parque? O aeroporto ainda não estará funcionando...
Estamos falando de um parque em que o acesso por trem é extremamente utilizado. E não temos o trem totalmente liberado. Faremos conversas com a Transurb e de ônibus pra discutir o acesso. Apesar de não termos problema de rodovia, há a limitação de aeroporto hoje e da Trensurb.