Gigante do ramo de alimentos, a BRF inovou seu sistema de transporte de material genético suíno. Desde março, a companhia vem substituindo caminhão por drone.
O processo funciona da seguinte maneira: o sêmen é coletado no Centro de Difusão Genética (CDG) da empresa, localizado no município de Faxinal dos Guedes, no Oeste de Santa Catarina, e distribuído para inseminação dos 4,2 mil animais nas seis granjas próprias da empresa. A rota é pré-definida, e o equipamento voa até o destino, onde a carga é desacoplada e deixada na área de entrega, retornando de forma automatizada ao ponto de origem. Até agora, três granjas já integraram a rota. A expectativa é de que as se finalize em junho.
Esse material genético transportado é utilizado para reprodução de matrizes, que depois são distribuídas entre os produtores integrados.
De acordo com o Diretor CIEX Agropecuária da BRF, Guilherme Brandt, o drone diminuiu o tempo no transporte e a emissão de carbono na atmosfera.
Em relação ao tempo, para se ter uma ideia, a primeira granja, por exemplo, fica a cerca de 542 metros do CDG e o transporte leva sete minutos de duração entre a ida e a volta do drone. A aeronave comporta um peso máximo de 2,5 quilos, o equivalente a 40 doses, realizando, em média, 23 viagens diárias. Anteriormente, com caminhão, o transporte durava cerca de 1h30 a 2h para atender todas as seis granjas.
E Brandt adianta:
— A ideia, no futuro, é realizar voos mais longos, cobrindo áreas maiores e utilizar tecnologias que sejam funcionais no campo.
Toda a operação é realizada pela Speedbird Aero, empresa parceira neste projeto. A iniciativa integra a jornada de Transformação Digital da BRF, que conecta o campo ao digital, e está alinhado com o Plano Visão 2030 da companhia, de consolidar sua liderança como uma empresa global de alimentos com tecnologia e inovação.
*Colaborou Carolina Pastl