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Com o plantio de trigo oficialmente encerrado no Estado, segundo levantamento da Emater, as atenções se voltam para o desenvolvimento da cultura, que é a principal da safra de inverno. A confirmação da área semeada só deverá chegar ao final do ciclo. Mas as projeções apresentadas apontam para uma certeza: o espaço dedicado ao cereal cresceu. O que varia é o tamanho desse avanço.
No levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgado nessa quinta-feira (8), foram mantidos os dados do mês passado, com alta estimada em 3%, somando área de 702,2 mil hectares.
A avaliação, no entanto, é de que esse número deva ser revisado — no próximo mês, a coleta de dados será a campo.
— A tendência é de aumento um pouco maior, no momento de consolidação da área semeada — diz Carlos Bestetti, auxiliar da superintendência da Conab no RS.
Nos dados do IBGE, o avanço é de 6,2%, com 754,16 mil hectares. O órgão revisou para baixo, no entanto, a produção estimada para o país em relação ao mês passado. As 5,8 milhões de toneladas são 4,5% a menos do que no dado anterior e refletem redução nas projeções da colheita no Paraná.
O Estado, que é o maior produtor nacional de trigo, teve problemas com a geada no mês de julho. Os paranaenses iniciam o ciclo antes dos gaúchos, e as lavouras estavam em etapa de desenvolvimento quando o fenômeno é prejudicial. No Rio Grande do Sul, o cenário é outro. O IBGE estima produção de 2,3 milhões de toneladas, alta de 10,9%, em razão das expectativas mais favoráveis de clima.
— As geadas que tivemos até agora foram benéficas, porque estimulam o perfilhamento da planta. Há um bom padrão, tanto sanitário quanto de desenvolvimento. O frio tem sido oportuno até agora e não tivemos excesso de chuva — pondera Ronaldo Carbonari, gerente de planejamento da Emater.