Se dentro das quatro linhas o Brasil fará de tudo para não levar frango no mundial da Rússia, fora delas a história é outra. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em parceria com a Apex-Brasil, deu início a uma campanha para promover a proteína animal brasileira no país-sede da Copa. Até o final do mês, peças publicitárias que ressaltam a qualidade dos produtos estarão espalhados em 45 pontos de Moscou.
Com mensagens em russo e inglês, as propagandas ressaltam a excelência do Brasil nos dois campos."Brasil, qualidade no jogo e na carne de frango" e "Brasil, qualidade no jogo e na carne suína" são as frases que podem ser lidas.
– Marcar presença em um dos maiores eventos do mundo é uma grande oportunidade de reforçar à Rússia e a outros países a qualidade da proteína animal brasileira – afirma Ricardo Santin, vice-presidente de mercado da ABPA.
Ao mesmo tempo, a entidade faz pressão sobre o governo russo, para que reveja o embargo imposto à carne suína, estabelecido em novembro do ano passado. A medida é um grande problema para o Brasil, que tem a Rússia como principal destino do produto brasileiro. Em 2017, foram embarcadas cerca de 260 mil toneladas de carne suína, com receita de US$ 693 milhões. Isso representou 40% de todas as exportações brasileiras do produto.
No frango, foram 83 mil toneladas, somando US$ 126,8 milhões – 15º no ranking dos maiores compradores.