A noite foi de protagonismo do VAR na Arena. O recurso eletrônico foi responsável direto para trazer justiça no placar de vitória por 1 a 0 do Grêmio contra o Londrina pela Série B.
O detalhe curioso é que o árbitro de vídeo salvou o time gaúcho de sofrer um gol em uma lambança do goleiro Gabriel Grando, mas também evitou que o juiz principal cometesse dois erros importantes.
Falo do lance em que o goleiro gremista deixou a bola escapar de maneira inexplicável em uma cobrança de falta. Ele soltou a bola de presente e Samuel Santos empurrou para o gol, mas fez isso irregularmente com o uso do braço. No campo, a arbitragem errou ao considerar tudo normal. No vídeo, o lance foi corretamente invalidado pelo VAR.
É lógico que essa decisão, em certo aspecto, salva o Grêmio e o juiz. O apito deixa de cometer um erro grave e a falha de Grando também é anulada por conta da irregularidade.
Só que há mais um elemento que precisa ser registrado em relação ao trabalho da arbitragem. Isso porque, de maneira indireta, o gol anulado repara erro de origem. Isso porque tudo começou em cobrança de falta inexistente. Marielson viu um toque no braço de Janderson e apitou a infração, mas a imagem mostra que o jogador gremista usou o peito.
Essa é a jogada que o VAR não pode fazer nada porque a cobrança da falta começa uma nova jogada. Ou seja, caso o gol fosse legal, a arbitragem teria cometido um erro inevitável ao marcar uma falta inexistente. Esse é o segundo momento em que o VAR ajudou o juiz de maneira indireta.
Por isso, a noite foi para a arbitragem e o Grêmio deixarem a Arena celebrando a presença do árbitro de vídeo.