No Inter, já houve o caso de um jogador estrear no país, no clube e em Gre-Nal. Foi D’Alessandro, em 2008. E também será o caso do lateral-direito Bustos. É inusitado.
Sua última partida foi em novembro. São três meses sem enfrentar nível de competição. Não tivesse o Inter apavorado com a posição — tanto Heitor quanto os improvisados Mercado e Bruno Méndez não resolveram ali —, duvido que se cogitasse sua estreia. Mas é bem provável que ele jogue. Assim, desde já, é um dos personagens do clássico de sábado (26), o 435, no Beira-Rio.
Trata-se de um lateral ofensivo. Não é alto. Não chega a 1m70cm. Não se espere muito de sua contribuição pelo alto, no cabeceio. No Independiente, o técnico usava três zagueiros (não 3-5-2) para liberar Bustos. A saída de bola se dava com o trio. Na fase defensiva, o zagueiro canhoto era empurrado para a lateral e Bustos fechava a linha de quatro atrás.
Difícil Medina fazer isso no Gre-Nal sem muito treino e com Bustos longe da condição física ideal. O fato é que Bustos, o homem da estreia tripla, ataca sem medo de ser feliz. Para melhor aproveitá-lo, o Inter terá de criar compensações de proteção pelo lado direito.