
O empate não foi ruim, apesar de o Inter não ter segurado a vantagem de 2 a 0 contra o River Plate. O time de Odair Hellmann fecha o turno da fase de grupos da Libertadores na liderança e com três pontos de vantagem sobre o segundo colocado, o surpreendente Palestino. Detalhe: a próxima rodada é justamente diante dos chilenos, no Beira-Rio, e já com Paolo Guerrero à disposição. Nada mal. Assisti ao jogo em Santiago, no Chile, onde estou para a cobertura integrada da RBS da partida do Grêmio conta a Católica. O continente estava de olho no Beira-Rio, portanto. Isso é positivo no processo vivido pelo Inter.
Dependente da intensidade plena, do lado físico, o rendimento colorado foi caindo à medida que a partida avançava. O River encerra a partida com 61% de posse de bola, mas ficou no volume. Em termos de finalizações, houve igualdade total. Marcelo Lomba e German Lux, tirando os gols, não fizeram grandes defesas.
O Inter vazou só de bola parada, só que em faltas cometidas para brecar jogadas insinuantes por dentro do River. O segundo tempo argentino foi excelente, de alto nível. Marcello Gallardo tirou Ferreira, um meia, e apostou em De la Cruz. Foi corajoso, mesmo com desfalques. Não se ganha Libertadores de graça.
A lição do jogo, para o Inter, é justamente essa incapacidade de, quando a corda não pode mais se manter esticada, faltar a parte técnica da troca de passes. O time não respira. Ainda erra muito neste fundamento. Chega à frente em estocadas, dependente de Nico López. O segundo tempo foi muito de bola longa para ele. Para ser campeão, é preciso mais.
Mas são ajustes que o Inter tem totais condições de fazer. A questão é atacar mais naturalidade e variações. O enfrentamento foi de gigantes no Beira-Rio. O River, mesmo desfalcado, veio com substitutos que já estavam no grupo do ano passado. Não são meras reposições. O Inter tem mais motivos para festejar do que lamentar o empate em casa. É até estranho lamentar liderança de Libertadores, vamos combinar.





