Dois registros do presidente Romildo Bolzan acerca da venda de Tetê para o Shakhtar. Como se sabe, o Grêmio vendeu 45% dos direitos do atacante de 19 anos para os ucranianos. Ele gentilmente comunicou-se comigo, a tempo de levar as informações ao Sala de Redação. É que ficou uma dúvida.
E aquela proposta de R$ 76 milhões? Ela nunca existiu, disse-me Bolzan. Ficou no campo das especulações de até onde o Shakhtar poderia avançar após uma investida inicial. Assim, o Grêmio não recusou R$ 76 milhões e, agora, teve de fechar por menos.
O outro registro casa com o que escrevi em minha coluna em ZH e GaúchaZH, quando afirmei que a política de vendas tinha sido quebrada ao negociar um jovem sem antes esperar o rendimento técnico, como se a carroça estivesse adiante dos bois. Essa vinha sendo a lógica. Foi assim com Walace, Pedro Rocha ou Arthur. Será assim, mais dia, menos dia, com Everton.
A avaliação interna no Grêmio foi de que há reposição não apenas no grupo, mas especialmente na molecada da base que vem por aí.
Diante desse cenário, e do risco que sempre existe de uma promessa não confirmar, apesar do currículo denso de Tetê, entendeu-se que valia a pena turbinar ainda mais a saúde financeira do clube.
Em resumo, aí na visão do colunista, analisando o que disse o presidente: o Grêmio entendeu que, tecnicamente, Tetê não fará falta por confiar na capacidade de formar talentos construída pela gestão Romildo nos últimos quatro anos e meio.