O pragmatismo motivou o oficial do Exército brasileiro Mauro Cid a escolher seu advogado. Cid era um dos ajudantes de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro e, agora, ele é suspeito de vender as joias que o Bolsonaro ganhou de presente. Quanto mais fala, mais se enrola nas explicações.
Pessoas sob suspeita e com muito dinheiro costumam contratar os melhores profissionais para fazer a sua defesa. Enrascado que está, Cid contratou o criminalista gaúcho com longa atuação na área, Cezar Bittencourt. O professor Cezar, como a elite dos advogados gaúchos o trata, já escrevia livros sobre a falência do sistema carcerário na década passada. Ele lecionou Direito para alguns dos que hoje são os maiores criminalistas no Rio Grande do Sul.
Ele pode estar se contradizendo, ou fazendo isso de propósito para causar alguma confusão. É a função do advogado de defesa: vencer uma causa, mesmo que difícil, além de ganhar tempo e atrasar a sentença.
Não o conheço, tampouco o entrevistei. Só sei de sua reputação, dos livros que ele escreveu e da repercussão que adquiriu ao longo de sua atuação. Outra marca dele é a reputação por assumir causas difíceis.
Não se pode misturar quem ou o que fez o réu com o papel do advogado. Quem vai dizer se ele é culpado ou não é o Judiciário.