Para além da condenação por estupro de Robinho em Milão, há o lado das vítimas desse tipo de violência. Na Itália, onde o atleta foi condenado, são muitas as mulheres que vão às autoridades pedindo socorro por violências que sofreram. Isso por que o país abriga milhares de vítimas de tráfico sexual — são 140 mil na Europa inteira.
Robinho deve ter acreditado que, por estar na Itália, poderia se livrar de uma acusação como faria no Brasil. Ele desprezou um sistema jurídico que é eficiente na violência contra a mulher. Por lá, ele foi considerado como uma pessoa comum, mesmo sendo uma estrela do esporte — ainda bem.
Nos áudios exibidos até agora, ele revelou não só machismo, como também misoginia escancarada e até mesmo deboche. As falas não deixam dúvidas do seu envolvimento. Ele foi condenado na Itália pro estupro, mas se encontra no Brasil.
A vítima, que prefere não ser identificada, falou pela primeira vez um ano depois da condenação. Ela afirmou que queria chamar atenção para evitar que casos como esses se repitam. Um tapa na cara dos abusadores.