A 40 dias do início da campanha eleitoral, com o quadro ainda incerto sobre candidaturas, o ambiente político começa a ficar mais pesado. Basta uma passada pelas redes sociais. Em outro patamar, uma camada mais abaixo, se desenvolve um outro tipo de campanha que se esconde no anonimato, mas se vale de uma ferramenta poderosa de disseminação de conteúdo, o whatsapp. Foi assim na campanha passada e não será muito diferente nesta.
Autoridades eleitorais estão preocupadas. Pelo poder de disseminação, o whatsapp é o ambiente mais comum agora para a baixaria, na pré-campanha. No whatsapp, você pode receber um conteúdo ofensivo, repassar para alguém ou a um grupo e isso virar uma corrente interminável de disseminação. É como um vírus que infecta com a proximidade física. Ele se prolifera à velocidade da luz.
Agora, pare e pense: é distribuindo conteúdo de origem anônima e de ataque a honra de pessoas que nós vamos ajustar a política? É disso que a política precisa? Você já viu um gestor público sério, eficiente na gestão, transformador que age desta forma, aniquilando seu opositor? Você acha que um bom vereador é aquele que compartilha conteúdo ofensivo, que ataca a honra das pessoas? Eleito, será mais do mesmo.
Existe uma saturação do belicismo político. A política não precisa de mais pessoas assim. Desconfie de candidatos que compartilham conteúdo sem autoria expressa, que ferem a honra, que ofendem pessoas. A política precisa se livrar deste tipo de gente. O simples ato de compartilhar já é um endosso da mensagem que vem acompanhada. Fique longe dessas pessoas, pelo bem de todos.