A Espanha superou a polêmica da chamada "castração química" (tratamento temporário aplicado com consentimento de quem é reincidente em crimes sexuais) mostrando resultados: 94% dos condenados submetidos à terapia não voltaram a cometer os mesmos crimes. A história é contada no livro Castração Química, Liberdade Vigiada e Outras Formas de Controle de Delinquentes Sexuais, da delegada Elisangela Melo Reghelin, baseado na sua tese de doutorado defendida em Madri. Elisangela pesquisa crimes sexuais há mais de 10 anos. Ela comparou as medidas adotadas em diversos países. Acredita que o caso do homem que ejaculou em uma passageira em um ônibus em São Paulo e, solto, cometeu o mesmo crime, possa fazer o debate sobre o tema avançar no Brasil.
Entrevista
"O tratamento não opera milagres, mas pode apresentar resultados", diz delegada que estuda castração química para estupradores
Elisangela Melo Reghelin pesquisa crimes sexuais há mais de 10 anos e comparou medidas adotadas em diversos países
Daniel Scola
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