Cid Moreira, que morreu nesta quinta-feira (3), aos 97 anos, não foi marcante apenas diante das câmeras. O jornalista, locutor e apresentador, após deixar a bancada do Jornal Nacional, atração conduzida por ele ao longo de 26 anos, se destacou também no entretenimento: quem não lembra de seu vozeirão ao entoar o bordão “Jabulaaani”, nas transmissões Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, e ao narrar o quadro do ilusionista Mr. M, no Fantástico, por 10 anos, na década de 2000?
A imagem de jornalista sério e de credibilidade, aos poucos, foi cedendo espaço ao carismático Cid, que adorava jogar tênis e contar causos de seus tempos de JN. O boato de ter apresentado o telejornal usando uma bermuda virou lenda urbana, que veio a ser confirmado por ele anos depois.
Ao deixar de ser âncora, suas participações constantes na programação da Globo fizeram com que sua imagem e sua voz se aproximassem ainda mais do público, mas de uma forma fraterna. Prova disso é ter alcançando sucesso absoluto ao narrar trechos da Bíblia, quando mais de 50 milhões de CDs foram vendidos. Além disso, em 2014, aos 86 anos, dublou o filme Tudo por um Furo com seu timbre inconfundível.