Um drone, veículo aéreo não tripulado e controlado remotamente, será ferramenta importante para o monitoramento ambiental em áreas rurais do Rio de Janeiro. Iniciativa da Secretaria Estadual de Agricultura, por meio do programa Rio Rural, o projeto pretende mapear o ecossistema das áreas ciliares (próximas às margens dos rios) para planejar ações para o uso sustentável da água na agricultura.
O primeiro voo experimental, para marcar rotas, foi na escola estadual agrícola Rei Alberto I, sob olhar atento de estudantes filhos de agricultores. Com duração de 30 minutos, a ação foi comandada pelo pesquisador Luis Esquivel, da Universidade de Colônia, na Alemanha, parceira do projeto.
O equipamento veio da Europa, pesa cerca de um quilo e foi comprado pelo governo alemão. A ideia de usar o drone é pela possibilidade de facilitar a chegada a lugares de difícil acesso e diante da necessidade de economizar água, devido à seca no Sudeste.
Além de monitorar recursos hídricos, o drone poderá ser usado no apoio à gestão de microbacias e ao manejo de práticas agropecuárias sustentáveis no Estado.
O objetivo é que os estudos ajudem a planejar o uso da água no campo, permitindo que os agricultores possam, além de economizar, proteger o ambiente e aumentar a renda. A previsão é de que o equipamento comece a ser usado efetivamente para os experimentos do projeto a partir do meio deste ano.
- Estamos trabalhando para adaptar tecnologias e colocá-las a serviço de quem vive no campo, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e das condições ambientais e produtivas - afirmou o secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo da Silva.
O que é?
Drone (que em inglês significa zangão) é o nome genérico dado a qualquer pequena aeronave que não precise de piloto embarcado para ser guiada. Normalmente elétrico, o aparelho traz acoplada uma câmera.
Exigências
A lei prevê que os aeromodelos não possam ultrapassar altura superior a 121,92 metros (400 pés). Para fazer qualquer voo experimental, é preciso obter autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Benefícios à agricultura
Por meio do registro de imagens aéreas, o equipamento é capaz de captar problemas diversos para o desenvolvimento de lavouras, como, por exemplo, estresse hídrico, falhas no plantio, possíveis deformidades no tamanho das plantas e até mesmo doenças aparentes.
Os aparelhos também conseguem monitorar as propriedades e, inclusive, detectar pragas à distância, além de realizarem o levantamento topográfico da área.
*Agência Brasil