Ao ofertar, no próximo sábado, no 41º Remate Guatambu, Alvorada e Caty, reprodutores mais resistentes ao carrapato, as cabanhas colocam em pista um trabalho de genética com passagens até por laboratórios dos Estados Unidos.
Em parceria com geneticistas, Embrapa e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a Estância Guatambu conseguiu detectar animais da propriedade mais resistes ao parasita. E é com essa credencial que os touros da cabanha serão ofertados, explica o proprietário Valter José Pötter.
- Vamos fazer a comercialização já identificando os animais que têm na sua progênie a possibilidade de produzir outros mais resistentes ao carrapato. É trabalho inédito - assegura o pecuarista.
O leilão é um dos destaques da temporada neste final de semana, que tem ampla agenda de negócios (veja aqui o calendário de remates da temporada).
Nesta edição, o remate será em pista própria, construída próximo da Guatambu Estância do Vinho, inaugurada em junho. Do restaurante, onde será servido almoço, será possível ver parte dos animais ofertados.
- O local é todo envidraçado, e de lá se observa as fêmeas do lado de fora. Os touros serão exibidos próximo da pista, com destaque para o Alta Cepa, de dois anos, 800 quilos e elevado índice de musculatura - anuncia Pötter, que espera cerca de 500 visitantes amanhã, quando também serão sorteados lotes de sêmen do touro braford Trevo, animal mais pesado da Expointer 2013, com 1.265 quilos, do qual a cabanha adquiriu um terço.
Nesta temporada, serão colocados em pista 240 animais (120 touros e 120 novilhas). No ano passado, com mais exemplares à venda, o faturamento chegou a R$ 1,47 milhão. A redução na oferta, explica Pötter, tem o objetivo de manter mais fêmeas na cabanha e, assim, aumentar o plantel. Dez cavalos crioulos também estão nos lotes que serão oferecidos.