Este é o período mais quente do ano e os gaúchos têm sentido isso na pele com a sensação sufocante de abafamento dos últimos dias. Nesta terça-feira (29), Porto Alegre alcançou 36,7°C e mínima de 26°C, registrada às 6h.
Essa condição é fruto da atuação dos ventos, predominantemente do Norte, que trazem para o Estado – e toda a região Sul do país – o ar quente e úmido. Como resultado, essa onda de calor criou o cenário ideal para que Porto Alegre possa bater seu recorde de temperatura máxima deste verão nesta quinta-feira (31), aponta Caio Guerra, meteorologista da Somar, ultrapassando os 38°C. A cidade registrou 38,1°C em 2 de janeiro deste ano.
— Amanhã (quarta-feira, 30) já será um dia quente, mas quinta (31) será ainda mais abafado na Capital. As temperaturas mais elevadas devem ser sentidas na Região Metropolitana e nas faixas Norte e Noroeste do Rio Grande do Sul — afirma Guerra.
Na Região Sul, o calor deve prevalecer na quarta, mas na quinta-feira (31) será possível observar a atuação de uma frente fria e o aumento da nebulosidade. Apesar disso, a temperatura não deve cair muito e ficará na casa dos 30°C em Bagé.
Guerra relata que a média climatológica máxima dos últimos 30 anos para o mês de janeiro em Porto Alegre é de 30,5°C, mas que, neste ano, ela está em 31,9°C. Ele aponta também que a média mínima para a Capital tem sido de 20,6°C, mas que, em 2019, ela está em 22,7°C. Ou seja, os dias começam quentes e as tardes são mais abafadas ainda.
E o calorão não se restringe ao Estado. O restante da região Sul e Sudeste tem registrado ondas de calor também em razão da atuação do fenômeno El Niño, que deixa a atmosfera mais aquecida. Florianópolis, em Santa Catarina, por exemplo, registrou 40°C na primeira semana do ano.
Segundo a Somar, o calor só deve diminuir no fim de semana, com a chegada de uma frente fria.
Atenção à incidência extrema de radiação solar
A atividade solar mais intensa em períodos de estação mais quente já é por si só um fator mais preocupante para os cuidados com a pele. Em dias como os últimos, com céu livre de nuvens, o a incidência de radiação solar pode chegar a níveis mais extremos. Como a tendência é que a ausência de nebulosidade se mantenha até quinta ou sexta-feira, o índice dos raios ultravioleta deve ficar igual ou acima de 11, o que é considerado extremo.
— O índice dos raios ultravioleta está no nível 11, que é o máximo. Isso significa que ficar exposto a eles pode causar graves danos à pele. Independentemente se a pessoa está na praia ou na cidade, ela precisa passar protetor solar — alerta o meteorologista da Somar.
Conforme a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, os horários mais seguros para atividades ao ar livre são antes das 10h e depois das 16h, quando a quantidade dos raios UV é reduzida. A exposição acumulada aos raios de sol contribui para o desenvolvimento do câncer de pele.
Categorias de intensidade de IUV
- 1 a 2 = baixo
- 3 a 5 = moderado
- 6 a 7 = alto
- 8 a 10 = muito alto
- igual ou superior a 11 = extremo