No domingo (9), a nova missão de exploração solar da Agência Espacial Europeia (ESA), em conjunto com a Nasa (a agência espacial norte-americana), foi lançada ao espaço em um foguete que decolou do Space Launch Complex 41, na Estação da Força Aérea de Cabo Canaveral, na Flórida. Chamada de Solar Orbiter, a missão tem como objetivo estudar o Sol sob novas perspectivas, fornecendo as primeiras imagens de regiões inexploradas do astro.
Outro intuito será investigar como a radiação intensa e as partículas energéticas afetam a Terra, para entender e prever melhor os períodos de tempestades climáticas. A missão carrega um conjunto de dez instrumentos para visualizar a superfície do Sol e estudar o ambiente nas proximidades. Ela será a primeira a fornecer imagens dos pólos do Sol.
A sonda viajará ao redor da estrela em uma órbita elíptica que a levará a aproximadamente 42 milhões de quilômetros da superfície solar, cerca de um quarto da distância entre o Sol e a Terra. Os instrumentos científicos da espaçonave serão protegidos por tecnologia de ponta, que fará com que eles suportem temperaturas de até 500°C – até 13 vezes o calor experimentado pelos satélites na órbita da Terra.
Para atingir a órbita operacional inicial, a Solar Orbiter levará pouco menos de dois anos. Antes de iniciar a fase científica, a missão passará por uma série de testes, que deve ser finalizada no final de junho. A previsão é que, ao todo, a missão dure sete anos.
Além da Solar Orbiter, há a sonda Parker Solar Probe, da Nasa, que já estuda o Sol nas proximidades. Juntos na mesma órbita, elas atingirão objetivos diferentes, porém complementares. A Parker Solar Probe toca o Sol a distâncias mais próximas que a nave lançada no domingo, mas não possui câmeras para vê-lo diretamente.
Nesta segunda-feira (10), os controladores no Centro Europeu de Operações Espaciais, na Alemanha, receberam um sinal da sonda indicando que seus painéis solares haviam sido implantados com sucesso. Veja o vídeo do lançamento: