Acerto de contas entre traficantes é a principal hipótese da polícia para as motivações do assassinato de um homem no bairro Menino Deus, em Porto Alegre, na tarde de 9 de julho, um sábado. Dário José Theobald, 52 anos, foi morto a tiros por dois homens, que o surpreenderam quando tinha acabado de estacionar um caminhão de pequeno porte, próximo a sua residência. Câmeras de segurança mostram os autores do crime saindo de um carro, aproximando-se da vítima e efetuando disparos. Theobald tinha antecedentes por tráfico internacional de drogas.
Em 2017, a Justiça gaúcha mandou para o Paraguai um documento relativo a 12 apreensões de drogas (que totalizavam 850 quilos de cocaína e 420 quilos de maconha) cuja responsabilidade seria de um conhecido traficante internacional chamado Jarvis Pavão (sul-matogrossense, preso em território paraguaio, na época). Ele foi extraditado para o Brasil há dois anos.
Um dos contatos de Pavão para o sul do Brasil seria justamente Dário Theobald, de acordo com a investigação, que foi enviada à juíza paraguaia Lici Sanchez.
Theobald teria como distribuidor no Rio Grande do Sul Marcos Braga Campos, o Chapolin, ligado a uma facção criminosa do Vale do Sinos. Tanto Chapolin quanto Pavão estão presos em penitenciárias de segurança máxima no Brasil.
Conforme o Departamento de Homicídios da Polícia Civil, Theobald já fora preso no Rio Grande do Sul e era investigado pela Polícia Federal, mas estava solto há alguns anos e trabalhava com frete do caminhão encontrado no local do crime. A investigação do seu assassinato é feita pela 6ª Delegacia de Homicídios.