O homem investigado como o principal chefe de uma das principais facções criminosas que atuam no tráfico de drogas no Rio Grande do Sul foi preso nesta sexta-feria (13) em um sítio de Nova Hartz, no Vale do Sinos. Alexandre de Oliveira, o Nirinho, 36 anos, que portava documentos falsos, tem uma condenação de mais de 50 anos de prisão e quase 20 antecedentes criminais.
O preso, que estava foragido desde setembro deste ano, tem, ao todo, 53 anos de condenação, com data até 2057. No entanto, teria pelo menos mais 36 anos para cumprir. Também chama atenção as passagens policiais de Nirinho: quatro por homicídio, duas por tráfico de drogas, sete vezes por roubos, três por porte ilegal de arma de fogo, além de organização criminosa e estupro.
No momento da prisão, ele estava com uma arma de fogo e apresentou documentos falsos. Outra pessoa também foi presa. Segundo a polícia, era um integrante da organização criminosa responsável por fazer a segurança de Nirinho e que estava com arma com numeração raspada.
Apreensões
Houve nesta sexta-feira a apreensão de duas pistolas nove milímetros — que estavam com os dois detidos, documentos falsos, coletes à prova de bala e quatro telefones celulares.
Em outra ofensiva contra o chefe desta organização criminosa investigada, R$ 42 mil foram apreendidos ainda nesta semana em Cachoeira do Sul. A chefe de Polícia Civil, delegada Nadine Anflor, destacou a importância da investigação criminal qualificada, com o objetivo de isolar lideranças criminosas, com transferências para presídios federais, mas também com a prisão de foragidos e a identificação de outros suspeitos que assumem o lugar dos que foram detidos ou transferidos.
— A investigação criminal qualificada nada mais é do que realizar um trabalho policial técnico, baseado em provas, mas aos poucos, sem ser afoito, focando em quem realmente está dando as ordens no crime. Um exemplo disso é o dinheiro apreendido nesta semana. Nada foi divulgado até se chegar hoje (sexta-feira) ao Nirinho — explica Nadine, destacando o trabalho integrado entre as delegacias da própria instituição, bem como a parceria com o Poder Judiciário e demais órgãos no Estado.
Sobre Nirinho, além do fato de estar sendo procurado porque estava foragido, ele também foi autuado em flagrante por porte de arma de fogo e uso de documento falso.