A Polícia Civil de Caçapava do Sul, na Região Central, trata como feminicídio seguido de suicídio o assassinato de Luciane Garra Machado, 36 anos, morta pelo ex-companheiro Adão Flávio de Oliveira Marques, 53 anos, no município, na tarde desta quarta (7). Mais tarde o homem foi encontrado morto.
Conforme o delegado Adriano Linhares, basta esclarecer como se deu a ordem dos fatos. Segundo relatos preliminares de testemunhas, Marques matou a companheira a tiros na frente da casa da mãe dela, na Rua João Carlos Torres, no bairro Floresta. O corpo dela, que tinha marcas de tiros na nuca e em uma das mãos, foi encontrado caído na rua.
No entanto, de acordo com o delegado, a suspeita é de que ele tenha efetuado os disparos dentro do carro. Ele chegou ao local em seu Ford Fiesta branco e chamou pela mulher, que foi até o veículo, onde provavelmente foi baleada.
A Brigada Militar e a Polícia Civil foram acionadas e se deslocaram até o local por volta das 17h30min. Com as informações repassadas, dirigiram-se até a localidade de Guarda Velha, onde o suspeito do crime tem uma propriedade, a 50 quilômetros do centro da cidade, para prendê-lo. Ao chegarem no local, os policiais já encontraram Marques morto.
O suspeito era chefe de cozinha e tinha uma empresa, o Buffet do Flávio, onde a vítima Luciane também trabalhava. Os dois tinham uma filha de oito anos. Marques ainda tinha mais três filhos de outro relacionamento. Agora, a investigação busca elucidar qual a motivação para o crime, mas tudo indica que o homem não aceitava o fim do relacionamento, que estaria em andamento. O delegado ainda aguarda laudos periciais para depois fechar o inquérito.
O velório de Luciane será na Capela A da Funerária do Forte a partir das 14h. O sepultamento será no Cemitério dos Vargas ainda sem hora definida. O corpo de Marques será velado na Funerária Caçapava, a partir das 13h, e o enterro será as 17h, no Cemitério das Catacumbas.
Para denunciar casos de violência contra a mulher use o Disque 100 ou contate o Disque-Denúncia pelo telefone 181. Além disso, há os Centros de Referência da Mulher, delegacias especializadas, Defensoria Pública e Promotoria de Justiça, inclusive online, pelo site do Ministério Público.