A Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar um esquema criminoso envolvendo transportadores que furtam combustível na Região Metropolitana. Na sexta-feira (28), policiais de Esteio prenderam o dono de uma dessas transportadoras e o motorista de um caminhão-tanque. O furto estimado é de 7 mil litros de combustíveis por mês.
O caso é investigado pela delegada Luciane Bertoletti há cerca de um mês, mas o esquema ocorreria há pelo menos seis meses e, desde então, o prejuízo estimado é superior a R$ 250 mil. Segundo ela, a apuração está no início e, até agora, já foram identificados cinco suspeitos. Além dos dois presos em Esteio, que não tiveram os nomes divulgados, outras três pessoas são suspeitas do mesmo delito.
— Não descartamos o envolvimento de outros responsáveis pelos furtos. Há, ainda, a questão dos receptadores, já que o combustível retirado dos caminhões-tanque tinha venda combinada com comprador pré-agendado — explica Luciane.
Esquema
Segundo a investigação, os dois homens presos, que somente na sexta-feira furtaram 150 litros de combustível, retiravam o produto da Refinaria Alberto Pasqualini e conduziam para vários postos da Região Metropolitana, mas principalmente para Canoas e zona norte de Porto Alegre. No meio do caminho, de acordo com Luciane, eles paravam o caminhão-tanque e repassavam pequena parte do combustível para outro veículo com tanque. A ideia era tirar quantidades mínimas para que o furto não fosse percebido, sempre alegando algum motivo diferente para as pequenas diferenças.
Uma empresa e pelo menos 10 postos de combustíveis foram lesados. O número de vítimas, o valor do prejuízo e a quantidade de litros furtados podem ser maiores.
— A nossa equipe apura que os suspeitos ainda alegavam pequenos vazamentos, perdas entre bomba e tanque do veículo. A denúncia feita pelas vítimas é de que os criminosos furtavam quantidades pequenas. Como viram que estaria dando certo o esquema, passaram a aumentar a quantidade, foram flagrados e denunciados. Agora, estão presos e os demais seguem sendo investigados — explica o delegado Mario Souza, diretor da 2ª Delegacia Regional Metropolitana.