Três meses após um tiroteio entre quatro criminosos e vigilantes que transportavam malotes de dinheiro dos caixas eletrônicos, o Grupo Hospitalar Conceição (GHC) anunciou medidas para aumentar a segurança. Na ação, em 6 de setembro, três pessoas ficaram feridas. Segundo o diretor administrativo e financeiro do GHC, José Ricardo Agliardi, todos os caixas eletrônicos serão retirados dos quatro hospitais, e os prédios ganharão detectores de metais.
— Infelizmente, temos assistido a um número crescente de ataques a terminais eletrônicos em locais que não são, normalmente, locais comerciais de banco. Na zona norte temos três shopping centers, todos com terminais — defende Agliardi.
Ao todo, oito terminais de autoatendimento do Banco do Brasil serão removidos com a decisão:
— Essa medida é para preservar pacientes, profissionais e visitantes. É uma insegurança para nós e tem afetado o cotidiano. Sentimos nas pessoas, que estão assustadas — lamenta o diretor.
Agliardi ressalta que os detectores de metais serão utilizados em situações específicas, sem que atrapalhem a rotina dos hospitais.
— Temos pessoas que ficam custodiadas, acompanhadas pela Brigada, ou pela Susepe. As visitas aos custodiados passarão pelo detector. Esta é a contribuição do hospital para evitar que chegue uma arma, ou uma faca, por exemplo.
Os detectores serão estilo "portal", semelhantes aos usados nas revistas em aeroportos, pela Polícia Federal, e também os manuais, do tipo "bastão", como os usados nos estádios.
A ideia da administração é de que até o início de 2019 os equipamentos estejam instalados e em uso, juntamente com catracas em todas as entradas.
— O Hospital Fêmina e o Cristo Redentor já têm as catracas, e vamos instalar no Nossa Senhora Conceição e no Hospital da Criança Conceição.
Devido ao excesso de veículos, e para facilitar o acesso da polícia às entradas dos hospitais, o GHC pretende também reservar uma vaga para ao menos uma viatura ficar estacionada no entorno das instituições.