O Ministério Público pretende recorrer de decisão judicial que liberou presos que estavam na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Alvorada na quinta-feira (14). Conforme o promotor João Cláudio Sidou, da Promotoria Justiça criminal de Alvorada, há elementos suficientes para recorrer sobre os casos de soltura.
A promotoria ainda estuda quantos recursos serão impetrados e para quais presos. O prazo para apresentação de recurso é de cinco dias, mas a ação deve ocorrer antes do limite.
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Na quinta-feira, a Justiça determinou a soltura de 18 presos que estavam na DPPA de Alvorada aguardando vagas no sistema prisional. Para tomar a decisão, o juiz Roberto Coutinho Borba levou em conta o argumento de que os presos estariam há 20 dias mal alimentados, sem sol, sem banho e sem visita de familiares.
Outros 12 detidos que estavam na mesma delegacia não foram soltos porque são considerados perigosos pelas autoridades. Na noite de sexta-feira (15), dois desses presos estavam na carceragem e dez em viaturas.